Eu deixando de lado as roupas que tirei do varal para conseguir ler a sua news. Não é mole não. Depois que me tornei mãe, também passei a pensar muito mais na vida da minha mãe. Ela sempre pareceu dar conta de tudo e, hoje, pergunto-me: a que custo? Custou uma grande fatia de sua própria vida. Não me lembro de ver a minha mãe lendo tantos livros como eu leio (aliás, ela só foi se formar no EM depois dos 60!), não me lembro de ver a minha mãe saindo com as amigas, não me lembro de vê-la gastando do tempo dela para si mesma. Acho que o tempo dela era só esse do box mesmo. Portanto, mesmo que ela mostre-se feliz por ter conseguido cuidar de seus filhos de pertinho, reconheço que o custo foi alto. E tô aqui na mesma missão, cuidar dos meus. Acho que o box é o lugar de mais relaxamento mesmo, mas eu ainda escuto choro lá de dentro, mesmo que não tenha ninguém chorando. Uma loucura!
Sabe que a minha obstetra falou a mesma coisa em relação a ouvir choro inexistente de dentro do box? Hoje não foi no box, mas estava na cozinha com o depurador ligado e o desliguei porque pensei ter ouvido um choro também. Exatamente o que você disse: a que custo? E eu lembro que o sonho da minha mãe sempre foi conhecer a Itália, eu fui com ela, mas lembro-me que na época eu queria ter ido fazer aqueles work experience nos EUA, sabe? Ela ia abrir mão da viagem dela por minha causa. Graças a Deus o meu egoísmo não falou mais alto e incentivei que ela fosse com meu pai, como ele não podia, acabei recebendo esse “paitrocínio” e foi maravilhoso e quando olho as fotos da minha mãe lá fico muito feliz que ela tenha realizado esse sonho depois de tantas coisas que ela deixou para trás por mim e por meus irmãos!
Mas sabes Bianca, acho que isso vale para todas as mulheres, não tenho filhos e tbm não pensamos por aqui em ter, mas confesso que penso igual. Impressionante como nós mulheres ao longo dos tempos só acumulamos funções e parece que nao conseguimos relaxar enquanto as coisas domesticas ou outras coisas cotidianas nao estão concluídas, diferentemente do homem que separa "quase" tudo em suas gavetinhas mentais e nós que lute com o nosso emaranhado de fios mentais que se cruzam diariamente em nossas mentes. Adorei o seu texto.
É verdade, e eu acho que nós deveríamos aprender a separar as coisas em gavetinhas mentais e os homens deveriam aprender também a colocar tudo numa gaveta só, porque esses trabalhos domésticos são infinitos, se a gente esperar estar tudo em dia, acaba nem descansando!
Essa newsletter me fez voltar lá na minha infância. E também me lembro da minha mãe gastando todo seu tempo para cuidar de nós, da casa e trabalhar fora. É mesmo uma doação muito bonita!
Lembrei de uma vez que você usou um trecho daquela música do Cartola: "o mundo é um moinho, vai triturar teus sonhos, tão mesquinho". Dizem que o casamento e a maternidade é o fim dessa vida só pra si mesmo. Um convite à abertura de coração. Tem seu custo, mas também tem sua beleza.
E verdade, Fe! E acaba triturando mesmo, mas não de um jeito triste e doloroso, há uma certa alegria, algo melancólico e agradável nas renúncias diárias que essas escolhas exigem – como a maioria das escolhas na vida, não é? Há uma frase que diz que “escolher é valorar”, gosto muito dela porque é isso, escolhemos aquilo que valorizamos e renunciamos ao que não tem tanto valor assim!
Eu deixando de lado as roupas que tirei do varal para conseguir ler a sua news. Não é mole não. Depois que me tornei mãe, também passei a pensar muito mais na vida da minha mãe. Ela sempre pareceu dar conta de tudo e, hoje, pergunto-me: a que custo? Custou uma grande fatia de sua própria vida. Não me lembro de ver a minha mãe lendo tantos livros como eu leio (aliás, ela só foi se formar no EM depois dos 60!), não me lembro de ver a minha mãe saindo com as amigas, não me lembro de vê-la gastando do tempo dela para si mesma. Acho que o tempo dela era só esse do box mesmo. Portanto, mesmo que ela mostre-se feliz por ter conseguido cuidar de seus filhos de pertinho, reconheço que o custo foi alto. E tô aqui na mesma missão, cuidar dos meus. Acho que o box é o lugar de mais relaxamento mesmo, mas eu ainda escuto choro lá de dentro, mesmo que não tenha ninguém chorando. Uma loucura!
Sabe que a minha obstetra falou a mesma coisa em relação a ouvir choro inexistente de dentro do box? Hoje não foi no box, mas estava na cozinha com o depurador ligado e o desliguei porque pensei ter ouvido um choro também. Exatamente o que você disse: a que custo? E eu lembro que o sonho da minha mãe sempre foi conhecer a Itália, eu fui com ela, mas lembro-me que na época eu queria ter ido fazer aqueles work experience nos EUA, sabe? Ela ia abrir mão da viagem dela por minha causa. Graças a Deus o meu egoísmo não falou mais alto e incentivei que ela fosse com meu pai, como ele não podia, acabei recebendo esse “paitrocínio” e foi maravilhoso e quando olho as fotos da minha mãe lá fico muito feliz que ela tenha realizado esse sonho depois de tantas coisas que ela deixou para trás por mim e por meus irmãos!
eu to rindo aqui com o arroto do ralo hahahaah agora a julia aprendeu tambem o valor desse grito de guerra "vou tomar meu banho"
Muita saúde pro seu baby, pra você e seu marido. Feliz que voltou! 🤗
Muito obrigada, xará!
Que texto lindo... Ainda mais tendo conhecido a sua mae. Realmente, ela fazia tudo pela familia, pela casa sempre organizada. Grande tia Bete!!
Aguardo novos textos, agora com esse tema: maternidade.
Mas sabes Bianca, acho que isso vale para todas as mulheres, não tenho filhos e tbm não pensamos por aqui em ter, mas confesso que penso igual. Impressionante como nós mulheres ao longo dos tempos só acumulamos funções e parece que nao conseguimos relaxar enquanto as coisas domesticas ou outras coisas cotidianas nao estão concluídas, diferentemente do homem que separa "quase" tudo em suas gavetinhas mentais e nós que lute com o nosso emaranhado de fios mentais que se cruzam diariamente em nossas mentes. Adorei o seu texto.
É verdade, e eu acho que nós deveríamos aprender a separar as coisas em gavetinhas mentais e os homens deveriam aprender também a colocar tudo numa gaveta só, porque esses trabalhos domésticos são infinitos, se a gente esperar estar tudo em dia, acaba nem descansando!
Parabéns pelo bebê. Estava aguardando ansiosamente pela sua volta, seus textos são incríveis.
Muito obrigada! ❤️❤️
Essa newsletter me fez voltar lá na minha infância. E também me lembro da minha mãe gastando todo seu tempo para cuidar de nós, da casa e trabalhar fora. É mesmo uma doação muito bonita!
Lembrei de uma vez que você usou um trecho daquela música do Cartola: "o mundo é um moinho, vai triturar teus sonhos, tão mesquinho". Dizem que o casamento e a maternidade é o fim dessa vida só pra si mesmo. Um convite à abertura de coração. Tem seu custo, mas também tem sua beleza.
E verdade, Fe! E acaba triturando mesmo, mas não de um jeito triste e doloroso, há uma certa alegria, algo melancólico e agradável nas renúncias diárias que essas escolhas exigem – como a maioria das escolhas na vida, não é? Há uma frase que diz que “escolher é valorar”, gosto muito dela porque é isso, escolhemos aquilo que valorizamos e renunciamos ao que não tem tanto valor assim!
Parabéns, Biiii, pelo Antônio! Prepare-se pra maior aventura da sua vida! 💕💕💕
Obrigada, é tão difícil e delicioso ao mesmo tempo! Inexplicável! 🥹🥹🥰🥰
Parabéns pelo bebê! ❤️
Obrigada! 🥰